Instado (rs) por um comentário no FB, lembrei desse vídeo.
Com um padre desses até que daria para encarar uma igreja lotada, né!
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
sábado, 22 de outubro de 2016
Anoitecer
Trago em minha boca (ainda) o gosto dos poemas que não te
fiz. Ou, se fiz, não te entreguei. Ou, se entreguei, não prestei atenção no sorriso que (certamente) me deste. (Lembro
que você sempre sorria pra mim, mesmo que eu fingisse não notar, tragado pela
ânsia da vida que me alcançava).
Teve um tempo - antes de escolher os caminhos do silêncio - em
que eu amava a sonoridade das tuas palavras. E todas elas (cada uma delas)
sempre me diziam que eu nunca estaria sozinho. Por que será que eu não aprendi
que nunca estive sozinho?
Da série Delicadezas: coisas assim, que tive e não percebi.
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
The Slow Show
Eles são de Manchester e, ao ouvir as primeiras músicas, lembra um pouco The National, Tindersticks, Nick Cave... pelo menos eu lembrei (rs). Mas, essa primeira impressão rapidamente desaparece diante da belezura contida, não apenas na requintada riqueza dos detalhes melódicos das canções, como também na poesia (quase sempre tensa!) das suas letras.
Eles lançaram seu primeiro álbum (White Water), em 2015, com
uma postura de gente grande, fazendo um som refinado e de qualidade. E tem a
voz grave (barítona? rs) do Rob Goodwin: carismático, envolvente, além de ser o
responsável pelos arranjos minuciosos, onde cada instrumento soa, ao mesmo
tempo, profundo e delicado. E tem os “complementos”: piano, violino, trombone
(por vezes até coral), simulando uma pequena orquestra, reforçando o sobretom quase
sempre melancólico do conjunto básico de guitarra, baixo e bateria, ou seja,
uma trilha perfeita para o vocal aveludado do rapaz.
Agora, lançaram seu segundo álbum: Dream Darling. E eu me
pergunto: como foi possível eu só ter descoberto essa maravilha semana
passada?!
sábado, 24 de setembro de 2016
Freier Fall – ein deutscher Brokeback Berg
Dando continuidade à minha atual vibe alemã (rs), um breve comentário ao filme – belíssimo, diga-se de passagem! – Freier Fall, de 2013 e que, segundo o próprio diretor e roteirista, Stephan Lacant, foi concebido como uma resposta alemã ao não menos belo Brokeback Mountain. E nem seria necessária essa explicitação: a dramaticidade, o realismo, a dureza, o “amor impossível”, o contexto (dois policiais que se envolvem, sendo um deles casado, com a esposa grávida), tudo torna quase inevitável essa comparação.
O filme é centrado em Marc Borgmann (interpretado magnificamente
por Hanno Koffler), um policial casado à espera de um filho. E, dentro dessa “normalidade”
da vida, o que Marc menos poderia imaginar era que sua convivência com outro
policial, Kay Engel (Max Riemelt... hum, rum, o de Sense 8, rs) se tornaria
muito mais intensa e íntima, fazendo com que os dois se envolvessem em um
relacionamento.
São duas, a meu ver, as grandes similaridades entre Brokeback
e Freier: o contexto socialmente opressor da década de 60, característico do
primeiro, versus a convivência policial em Freier, e o fato de que Marc possui
família, uma vida regrada, etc. E temos, então, o foco (muito caro para mim!)
da escolha: Marc precisa escolher entre o homem com quem vivencia uma
experiência amorosa nova e intensa e a mulher que espera um filho seu. Esse o
ponto que, a meu ver, mais distingue Freier: em Brokeback não há esperança, não
há escolha. É como se, desde o princípio do filme, soubéssemos o que acontecerá.
Também sinto Freier como um filme mais intimista e
angustiante (alemão, né! rs), focado nas incertezas de Marc, em sua “divisão”
entre calmaria e loucura; um filme repleto de silêncios, troca de olhares,
pensamentos não compartilhados, palavras escondidas, desejos. E que, pelo seu
final – e também, pelo que consta em 2017 – sugere/necessita uma continuação. Aguardemos...
Segue vídeo com alguns melhores momentos (melhores beijos?
rs), com trilha sonora da banda Revolverheld (alemã, naturalmente), já
comentada por aqui. Música: Ich lass für dich das Licht an (Eu Deixo a Luz
Acesa Pra Você), sobre as loucuras de amor, que o lindinho do Johannes Strate
fez pelo namorado... e que eu entendo todas, perfeitamente...
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
Bon Iver: 22, A Million... WTF?
Com a palavra Justin Vernon: “… esse álbum é metade carta de amor, metade lugar de descanso de duas décadas de procura pelo autoconhecimento... se Bon Iver construiu um habitat enraizado em espaços físicos, 22, A Million é o abandonar desse espaço". Novamente: WTF?
Quem sabe os nomes das músicas nos deem uma pista.
Vejamos:
01. 22(OVER S∞∞N)
02. 10 d E A T h b R E a s T ⊠ ⊠
03. 715 –
CRΣΣKS
04. 33
“GOD”
05. 29
#Strafford APTS
06. 666 ʇ
07. 21 M♢♢N WATER
08. 8(circle)
09. ____45____
10. 00000 Million
Tenderam? (rs)
A bagaça será lançada “oficialmente” dia 30 de setembro.
Depois de 5 anos da maravilha que foi seu álbum anterior (Bon Iver 2011), ainda
não me vem palavra alguma pra descrever o que estou ouvindo, a não ser WTF.
Duas hipóteses: ou eles estão trollando seus (outrora?)
seguidores, ou descobriram alguma erva das brabas lá pelos lados de Eaux
Claires!
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
A Noite Cai
Ao contrário do meu lindinho, o Idan Raichel, com suas
músicas outonais, não sei se o que sou/tenho é bom o suficiente pra mim. Ou,
dito de outra forma, quando vejo que meus sonhos foram bem maiores do que vejo
realizado hoje. E não me refiro à parte material da vida! Embora também (rs). A
principal falta, obviamente, se refere ao emocional/sentimental. Mas, sem
stress. Talvez eu esteja entrando na fase da vida, que eu associo ao conceito
de anergia, muito utilizado pelos meus amiguinhos de branco.
Resta minha busca pelas simplicidades e delicadezas. E até
isso tá bem difícil...
domingo, 31 de julho de 2016
The Arrow
Tempos atuais. Onde foi parar a capacidade de ouvir? Quanto
mais o mundo, as coisas do mundo, se abrem como nunca se abriram; quanto mais
as distâncias deixam de existir, as possibilidades mais fáceis de se tornarem
reais, menos interagimos verdadeiramente! O mote atual é: os diálogos são
surdos! E a interação tende apenas a confirmar a presença individual das pessoas.
Eu falo, você fala e ninguém ouve.
Da série Delicadezas... vídeo mais lindo! Emocionante...
domingo, 12 de junho de 2016
Namoro ou Amizade?
A propósito de uma conversa (brevíssima, seja dito! rs) com o Edu (não sei se ainda é Ardo...) e de outra, com meu amigo (aquele que viveu muito tempo na Alemanha) de Beraba, e cujo tema era quase o mesmo: é possível uma amizade envolvendo outras coisinhas (tipo sexo) além da amizade “pura” e simples? Esse meu amigo pensa que sim. E, segundo ele, isso é algo até bem comum nas Oropa, em especial na Alemanha. Não sei se por coincidência, e como ando pesquisando sobre algumas bandas lá da dita “terrinha”, encontrei essa, Revolverheld, cujo vocalista e letrista, Johannes Strate, além de lindinho (rs), adora polemizar quando o assunto é sexo.
Ao que consta, o rapaz é casado, coisa e tal, mas nutre,
digamos assim, uma bela amizade com seu companheiro de banda, Jakob Sinn.
Segundo entendi, eles acreditam que dois amigos, quando partilham de
sentimentos e laços muito sólidos e harmoniosos, o sexo passa a ser mais um “ingrediente”
a corroborar essa amizade. Devo dizer que, pra mim, esse não é um assunto tão
simples de se entender. Pode até ser algum tipo de “travamento” de minha parte,
mas penso que o componente sexual, quando existe/acontece, na verdade pode
estar camuflando outro sentimento que se “esconderia” por trás dessa amizade: o
amor. Sublimado/recalcado? Sei lá! Em todo caso, é uma questão que ainda não
resolvi em definitivo.
Essa música explora o tema de uma grande amizade entre dois
jovens. O som é gostosinho... um indie/pop que, apesar da ousadia do tema, é um
dos grandes sucessos da banda.
“Bist du da
wo ich auch bin
Bist du
angekommen
Wo die zeit
I'm wind verrinnt
Wie sand am
meer
Wie die
wellen die immer wieder kommen
Es ist
eigentlich nicht schwer
Wir haben
es uns einfach genommen…”
“Você está onde eu também estou
Você chega
Onde o tempo transcorre com o vento
Como a areia no mar
Como as ondas que sempre voltam
Na verdade, não é tão difícil
Simplesmente
vencemos os obstáculos…”
Será que meu amigo tem razão? E você, o que acha? (rs)
Em tempo: feliz dia dos namorados! Ou dos amigos... nunca se
sabe...
sexta-feira, 29 de abril de 2016
Ipsis Litteris de Aruanda
Já me aconteceu algumas vezes. Tudo bem que, ultimamente,
com menos frequência. E, apesar do histórico, sempre acabo por me surpreender, tipo,
continuar fazendo a mesma coisa e esperar resultados diferentes... é isso! (rs).
Seguinte: como se sabe (pelo menos é o que está escrito por
aí) todos temos um anjo da guarda, ou mentor, ou protetor, ou santo (depende da
“escrita”), vivendo na nossa “cola” e zelando para que nossas bobagens na vida
não sejam assim tão devastadoras. O mais dramático (ou irônico, nunca se sabe,
rs) é que dificilmente chegamos a saber, exatamente, quem é esse ser, essa
bendita criatura enviada por Deus (seja Ele quem for, com maiúsculo, ou não - vai
da crença), cuja missão, além do tradicional “vai que eu garanto”, é, vez por
outra, atender a algum pedido especial.
Não sei se já aconteceu com alguém... mas, pelas poucas
vezes (bem poucas, tá!) que resolvi pedir alguma coisa... céus! E não é que, no
meu caso, “ele” (ou “ela”, ainda em dúvida! rs) atende! Mas, por que o drama?
Simples: eu ainda não aprendi a pedir! Ou (vide o nome do post), meu santinho
não é muito chegado à leitura das entrelinhas, muito menos é um apreciador de
figuras de linguagem e/ou de pensamento. Deve ter sido um taurino em outras
encarnações!
Pra registro: segundo pai Lucas (rs), os taurinos gostam de
cuidar dos outros, ajudando-os em suas necessidades, mas não são muito
propensos a ver “além do véu”, ou seja, precisam apurar os sentidos para
enxergarem “coisas” não ditas, e que, muitas vezes, os “outros” necessitam que
eles enxerguem. Como conciliar um pedinte canceriano (eu, né!), todo trabalhado
no barroco/rococó especulativo, com a singela objetividade de um ajudante
taurino? Olha, é difícil por demais!
Só pra constar, meu penúltimo pedido (isso há quase 5
anos!): passar no concurso da Infraero, mesmo sem estudar lhufas. E não é que
passei! Em 5º lugar (de 20 vagas e quase 500 candidatos!)... parabéns!
Parabéns? Passar, passei, mas... óbvio que pedi errado! E vamos pro último
pedido, há umas 3 semanas: cansei dessa vidinha pacata; quero agito!
Bem, melhor não me alongar. Minha vida, outrora mergulhada
no estilo “flan de ser” (rs), virou um verdadeiro milk-shake, um pancadão, um Tomorrowland,
capaz de endoidar monges tibetanos meticulosamente treinados na mais avançada técnica
da meditação transcendental! E isso em todos os sentidos: pessoais,
profissionais, musicais, manicomiais, etc.
Qualquer dia desses eu entro pra Universal do Reino de Deus!
(rs)
domingo, 3 de abril de 2016
Duas Almas, Um Coração
Essas minhas “andanças” pelas madrugadas enfadonhas dos
sábados... pesquisa aqui, ali e (armadilhas, só pode! rs) acabo em alguma
divagação, que leva meu soninho embora! Hoje foi com um vídeo... de casamento
(isso tá quase virando TOC)... uma velha questão: é possível que dois discursos,
ou melhor, duas pessoas com discursos diferentes... melhor, duas visões de
mundo diferentes... acho que preciso me explicar.
Como estou num processo de evolução espiritual (rs)...
falando sério: tenho sentido que alguns conceitos, que eu julgava enraizados em
mim, vêm sofrendo algum tipo de mutação. Ou adaptação, mais provável isso! Um
exemplo é que, de uns tempos pra cá, não distingo mais uma oposição fundamental
entre razão e emoção. Interessante: eu acreditava que a linguagem era a
principal expressão, o principal parâmetro, que denunciava essa dicotomia. E mesmo
que ainda eu não tenha elaborado o meu novo pensar a respeito, hoje acredito
que a linguagem, ao contrário do que eu pressupunha, é o que “desmonta” essa
dicotomia. Melhor dizendo: a dicotomia (falsa, pois não...) da relação entre
razão e emoção apenas existe na ausência do uso da linguagem como elemento
mediador. Hum... melhor um exemplo.
Em meu primeiro relacionamento amoroso sempre me pareceu
evidente que nós dois “funcionávamos” como as duas partes dessa dicotomia.
Obviamente, eu me julgava (coitado de mim) o senhor da razão. Não que isso
impedisse que eu fosse romântico; mas eu sempre acreditava que, na sustentação
do meu sentimento amoroso, de soslaio (rs) algo me garantia a solidez racional.
Mas, não era apenas isso: eu cria que esse descompasso na linguagem, aliado ao
tempo, ao cotidiano, à vida real (aquela onde se dorme, come, bebe, briga...)
era o signo máximo de uma singela bomba-relógio, pronta a decretar, mais cedo,
ou mais tarde, a exatidão (triste, convenhamos) da fatal dicotomia no crer e
viver a vida. Onde foi que descobri meu erro?
Há um terceiro elemento, que eu não considerava: a razão não
é senhora da linguagem! Pelo contrário: o elemento originário, a vontade, o
querer, o fazer, o ser afinal, expresso pela linguagem, perpassa a alma (ou eu
ainda deveria nominá-la mente? rs), onde, adormecidas, lá estão razão e emoção.
É a linguagem quem lhes dá voz! É a linguagem quem lhes dá corpo, cheiro, tato,
paladar... aversões e atrações, medo e coragem, tristeza e felicidade, e todas
as tantas outras infinitas aparentes oposições. E que apenas se desvelam como
não opostas na medida em que conseguimos ouvi-las por uma via que, na falta de
um nome mais exato, eu me proponho (provisoriamente, talvez) chamar de coração.
Acho que esse texto ainda não está do jeito que eu gosto (rs).
Mas, para uma madrugada de um sábado comum, até que dá pro gasto. Ao ver esse
singelo vídeo (adoro essa coisa dos noivos escreverem votos de casamento!) me
veio tudo isso e a sensação de que, no meu caso, poderia ter dado certo...
quarta-feira, 9 de março de 2016
Der ägyptische Prinz von Deutschland
E como faz um tempinho que não entronizo (rs) um novo
príncipe na minha galeria, essa semana descobri esse mocinho (coisa mais
linda!): Andreas Bourani, cantor e compositor alemão. Ando numa vibe de música
alemã, que nem eu entendo...
Oficialmente ele não é alemão, mas egípcio. Foi adotado
muito pequeno (não chegou a ter contato com os pais biológicos) e criado em Augsburg,
por um casal e suas duas filhas naturais. Apesar de ter estudado em escolas
conceituadas e ter o amor incondicional da sua família, sempre foi uma criança
mais reservada e tímida. Iniciou estudos de canto no final da adolescência,
quando descobriu sua verdadeira vocação. Atualmente é um dos maiores ídolos da
música pop/romântica (tipo de voz que eu amo!) da Alemanha. E, de hoje em diante,
vem enriquecer a tal galeria de meus príncipes particulares (rs). Só pra
lembrar... tem o príncipe hebreu (Ivri Lider), o americano (Sean Carey) e o
irlandês (Damien Dempsey).
Pensando aqui: qual o meu “padrão” de príncipe? Acho que o
principal requisito é ter uma “vida sofrida” (rs). Disso é que vêm os
principais atributos: olhar distante e circunspecto, jeitão meio triste, meio
ensimesmado... vontade de levar pra casa e cuidar, sabe? Depois vem as músicas,
as letras, a voz marcante. Bem provável que, pelo acima descrito (rs), não
consigo considerar o Tiago Iorc como meu príncipe brazuca; é que ele é muito
alegrinho!
PS: Só pra constar: que beleza de corte, quer dizer, banda,
que ele escolheu pra adornar o seu entorno, ein! Maravilha de condes, duques,
etc... (rs)
quarta-feira, 2 de março de 2016
Mais Um da Terrinha
Harel Skaat é um cantor e compositor pop/romântico israelense de grande sucesso. É daqueles que vivem com uma legião de moçoilas (tolinhas que só! rs) suspirando ao seu redor. Vive, ou vivia... Assim, apesar de ser, enquanto pessoa humana (rs), uma gracinha, definitivamente seu gênero musical não é do meu agrado. Desde que o vi/ouvi pela primeira vez, eu achei que ele era “do time”. A partir de uma entrevista recente, tudo se esclareceu...
O lindinho andando sempre com um “amigo” de longa data à
tiracolo. Passeios, entrevistas, shows. Ao que consta, são amigos desde o tempo
em que serviram juntos ao exército (esse exército de Israel, ein! um verdadeiro
manancial... rs). Fotinhos pra cá, musiquinhas pra lá... uns tempos separados,
depois juntos novamente. Até que Harelzinho (rs) resolveu se abrir.
São mais que amigos (sei...), na verdade namoram desde o
exército. Há uns 2 anos, o carinha (Idan Roll... como tem Idan lá na terrinha!)
foi pego corneando o lindinho. DR, brigas, coisa e tal... deram um tempo. E
Harelzinho, choroso pelos cantos. Pedidos de perdão, juras de “nunca mais” e,
reataram. Ano passado marcaram casamento. Tudo ia muito bem até que... e não é
que o “foguento” (quem ver o vídeo entenderá... rs) repetiu (ou continuou
repetindo, vai se saber!) a dose. Parece que agora a separação é definitiva...
aguardemos.
Enquanto isso, Harelzinho, pelo visto, continua no chororô. E
pra matar a saudade do fogo, fez esse singelo vídeo, debaixo de um toró imenso.
Como se isso adiantasse alguma coisa, né!
PS: Acho que já vi uma história parecida em algum lugar...
rs
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
The Gloaming
Banda irlandesa formada em 2011, The Gloaming é o resultado da união de 5 músicos com formação erudita e cuja principal característica é a releitura da tradição folk/céltica, porém com uma estruturação musical absolutamente sofisticada. Dentre os temas musicais explorados pela banda, dois me são particularmente caros: a linguagem (sou fascinado pela sonoridade das palavras em línguas que desconheço!) e a temporalidade das coisas, do mundo, do homem. Aliás, onde melhor podemos ver o efeito do tempo, a não ser na linguagem?
E por falar em tempo (rs), tenho cá pra mim que, mais
poderoso que cigarro, álcool e drogas, esse nosso “amiguinho” é de lascar! É
uma verdadeira poção de veneno, que a natureza nos põe nos lábios e que possui
uma essência que supera todas as coisas. Por vezes, ele abre nossos sentidos,
adicionando poder e nos levando a sonhos exuberantes. Então o chamamos de esperança,
felicidade, amor. Outras vezes, em geral depois de nos saciarmos em demasia, perdemos
estatura, força, beleza, e assim terminamos em fantasia e delírio irreais. Haja
sabedoria para distinguir um estado do outro!
Voltando à banda... acaba de sair seu segundo álbum,
simplesmente chamado de 2. É dele essa canção que escolhi pra ilustrar o post. Editei
o vídeo com imagens da Irlanda (em timelapse, naturalmente, rs), embaladas por
essa jóia belíssima: Casadh an tSúgáin (A Torção da Corda). Escrita em gaélico
medieval, é um belo exemplo do estilo de interpretação característico da banda.
O refrão...
“Você vai ser meu
Tesouro do meu coração
Você vai ser meu
Antes de qualquer coisa do mundo
Você vai ser meu
E cada polegada do meu coração
Chora quando você não está...”
Tem como não amar?!
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Saber e Sabor
“A experiência mostra que os homens rústicos, de espírito mais grosseiro, dão parceiros sexuais mais vigorosos e desejáveis; deitar-se com um carroceiro é com frequência mais gratificante que deitar-se com um gentil-homem. Como poderíamos explicar tal coisa, exceto pela suposição de que as emoções no interior da alma do gentil-homem minam e esgotam a força do seu corpo, assim como exaurem e deformam o seu espírito?” (Montaigne)
Pegada: Sinal ou vestígio
do pé; conjunto de marcas deixadas pela passagem de algo ou alguém; conjunto de
marcas que resultam de uma ação. (Dicionário Aurélio)
Em minha singela opinião, pegada é o resultado da união de
vontade, feeling e timing. É o toque que arrepia, o beijo que consome a boca, o
segurar a nuca, a cintura… sensação de falta de ar. É ter ousadia para deixar o
instinto comandar todos os atos, língua e discurso. Aliás, quanto mais língua e
menos discurso, melhor! (rs) Trocando em miúdos: a pegada é o território do
corpo, do impulso, do instinto. Montaigne associa tudo isso ao que ele chama “homem
rústico”, em contraposição ao “gentil-homem” que, para ele, refletiria o que comumente
designamos postura romântica.
Debate que tive com uns amiguinhos hoje à tarde: é possível
o amor romântico com pegada? Nunca imaginei que pudesse haver tanta
controvérsia!
PS: A título de ilustração, um dos meus queridos cantores de
kipá, que melhor une romantismo e pegada. Davi seja louvado! (rs)
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
Mark Forster
Jamais pensei que algum dia escreveria isso: eu gosto de rap! (rs) Quer dizer, explicando: num desses fóruns musicais malucos que frequento, fui apresentado a esse cantor, Mark Forster (já vi esse sobrenome em algum lugar, rs). Rapper, alemão, hum... será? Super recomendado por uns carinhas que entendem de música (ao menos daquele tipo que gosto). Não custa, né... fui pesquisar.
Tudo bem que, alemão... afinal, pra que serve o Google
Translator? Adorei! Além de escrever muito bem (nunca imaginei que seria possível
rap com poesia!), ele tem a ousadia de inserir toques de música erudita em suas
composições. Fora a temática, que continua a do rap “tradicional”, mas
revelando uma beleza que... o cara tem uma doçura na voz! Paixonei! (rs)
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
MONEY
Eles são de Manchester, Inglaterra e fazem um indie/experimental/etéreo (rs), que me agrada muito. Não fazem muito sucesso, nem de público e, principalmente, de crítica. São chamados de pessimistas, confusos, desesperados, focados excessivamente na figura de Jamie Lee (líder e letrista da banda) e outros adjetivos desse naipe. Sinceramente: ou eles fazem parte de minhas idiossincrasias musicais (rs), ou são incompreendidos!
As tais “letras confusas” são repletas de citações nietzschianas
(Lee é leitor ardoroso de Rilke... conhecem?) e misturadas a sexo
(homo/hetero... na boa!), álcool, drogas... que mais? “A morte é apenas uma
ilusão, um muro alto, que não permite que vejamos o outro lado... Não é o fim.
Não há tal coisa como o fim. Tudo é sempre o começo...” Suas letras, na
verdade, falam sobre a frustração inerente à condição de nossa individualidade,
algo como estar perto dos outros, do mundo, mas nunca realmente “com eles”.
Isso, pra mim, é a mais poética metafísica existencialista, bem ao estilo de
Rilke.
Acaba de sair seu segundo álbum, Suicide Songs... de certa
forma, a continuação do primeiro (The Shadow of Heaven). Talvez com uma
diferença: desespero e esperança aparecem agora em doses iguais. Na bela música
que inicia o álbum (I Am The Lord), entre sons de música hindu, a voz rasgada
de Lee canta: "Eu não quero ser Deus... Eu só quero ser mais humano."
Mim gostcha! (rs)
domingo, 31 de janeiro de 2016
Matthew Bourne
Dançarino e coreógrafo inglês, Matthew Bourne ganhou fama por criar peças que unem música erudita e popular, além de sucessos da cinematografia, em interpretações originais. Apesar de se iniciar no mundo da dança tardiamente (com 20 anos de idade), fundou, aos 27 anos, a Adventures in Motion Pictures, uma das mais famosas companhias de dança de Londres. Outra característica de sua obra consiste nas “tinturas” homo, que ele imprime em várias peças, inclusive em clássicos como O Lago dos Cisnes, O Quebra-Nozes, entre outros.
Pra quem quiser conhecer um pouco do estilo do moçoilo, vale
a pena ver o filme Matthew Bourne's Christmas, com algumas de suas peças mais
famosas. O vídeo abaixo é um belo exemplo... um vintage-homo bem interessante!
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