domingo, 29 de março de 2015

Novo Amor



Parece um filhote do Justin Vernon. Porém, em minha singela opinião, mais contido (rs), sem tantas distorções vocais e sem exagero nos sintetizadores. Trata-se do projeto musical do galês Ali Lacey (seríssimo candidato a príncipe, todo lindo... voz, sensibilidade nas letras e ele “em si”, rs) batizado com o distinto nome de Novo Amor.

Com apenas dois EP’s lançados, já teve uma de suas músicas (From Gold) remixada por vários DJ’s, sendo um dos grandes sucessos da noite londrina. Apesar da modesta bagagem musical (são 9 músicas dos EP’s), é uma grande promessa!


terça-feira, 24 de março de 2015

Ty Herndon



Ele já se envolveu com drogas, problemas com a polícia, divórcios conturbados (foi casado 2 vezes) e sempre foi uma referência no mundo machista da música country. De família cristã conservadora, teve uma infância repressora, típica do Alabama, e desde cedo já demonstrava seus pendores para a música (tocava piano e cantava música gospel desde a adolescência).



Então, no final do passado, aos 52 anos de idade, o moçoilo resolveu que a hora da verdade havia chegado e, durante uma entrevista para o programa de TV Entertainment Tonight, saiu do armário. Com mala, cuia e casamento marcado... mesmo porque já vive com o carinha (Matt Collum) há mais de 5 anos... e, cá entre nós, ele tem bom gosto, né! (rs)


sexta-feira, 20 de março de 2015

Príncipe Que Se Preza Ama A Mãe

Do novo álbum (Este Amor Que É Nosso) desse príncipe hebreu, coisa mais fofa do mundo! (rs), encontrei esse vídeo, onde Ivri canta uma das músicas do álbum, escrita em homenagem à sua mãe. Adivinhem quem estava na plateia? A própria... emoção transbordando!

Pelo pouco que li em sua biografia (Ivri é meio reservado para esse tipo de assunto), parece que a mãe não teve uma vida muito fácil (perdeu muitas pessoas da família em guerras). E, se entendi bem, perdeu o marido também, enfim, o encontro dos dois num show recente ficou bacana demais! Um relacionamento de amor e carinho lindo, lindo...

PS: Ou muito me engano, ou esse padrasto é coadjuvante nessa relação mãe/filho, ein...


quarta-feira, 18 de março de 2015

Vazio x Rejeição

Eu conheço o carinha há mais de ano. Ele deve ter uns 50tinha... solteiro. Preciso dizer mais alguma coisa? (rs) Embora nunca tivéssemos conversado mais consistentemente, ele me parecia ser alguém inteligente, ponderado; fisicamente, bem, até que interessante! Um tiquinho gordo, mas, para certas partes da anatomia isso até é vantajoso. Pelo menos pro meu gosto! (rs). Não poderia classificá-lo como amigo, no máximo conhecido, dá pra entender, né.

De uns tempos pra cá ele passou a me convidar (até com certa insistência) para um café, em que poderíamos “nos conhecer melhor”. Pra cima de “moi”, puta véia! Sei o que ele queria conhecer melhor! Enfim, sábado passado (até agora não entendi, talvez por uma agudização da minha crise de secura, nível Cantareira, entende?!) aceitei. Tudo pela pátria!

Analisemos: ele me convidou para ir ao Shopping Santa Cruz, na Vila Mariana... curiosamente ele mora por ali. Onde eu sei (ele não sabe que a ZS é minha “área”... conheço tudo! rs) que não tem uma cafeteria decente. Aliás, aquele shopping só tem molecada fazendo zueira, é uma porcaria! E pra coroar, chovia demais! Mas, como não sou de “furar”, lá fui eu.

Resumindo: ficamos numa loja da Kopenhagen exatos 20 minutos e que foram suficientes para que eu soubesse que tenho nada a ver com ele, com o modo de pensar, de ser, etc. Cara preconceituoso, politicamente obtuso, conversa chata elevada à enésima potência! Sobrava o que? Uma bunda? Sinceramente...

Aí vem o diálogo fatídico: você tem alguma coisa pra fazer agora? ele perguntou. Não. Quer conhecer meu ap? Não. Acho que ele ficou alguns segundos naquele estado, entre a letargia e a não compreensão dos 2 nãos na sequência. Ah, então você já tem algum programa? ele insistiu, como quem procura uma explicação razoável pelas minhas negativas monossilábicas. Não... era o terceiro! Achei por bem explicar, não lembro ipsis litteris, mas foi algo como: não vejo motivo algum, ou justificativa para que eu vá conhecer seu ap. Simples assim! Não somos amigos, não temos nenhuma afinidade, temos ideias diametralmente opostas sobre coisas importantes da vida, enfim, acho que valeu pelo café. Não sei se ele entendeu bem. É complicado querer um doce, planejar ter o doce, as expectativas se encaminharem, aparentemente, em direção ao doce e, no final...

Voltando pra casa, pensando sobre outras épocas, em que “topei paradas” infinitamente piores, situações que, se eu contasse, até Deus duvidaria (rs), foquei na sensação de vazio que, invariavelmente, se seguia após esse tipo de transa casual. Um vazio existencial absurdamente dolorido e que eu cansei de sentir. E que, sábado, eu senti com clareza antes mesmo do “fato em si”. Mas, também senti compaixão, pois uma das piores coisas da vida é se sentir rejeitado. Já me senti assim algumas vezes. É difícil, a autoestima vai pro rés-do-chão! Ele deve ter sentido algo nessa linha. Definitivamente não me orgulho do que fiz...
  

sexta-feira, 13 de março de 2015

Seryn



Seryn é uma banda indie/folk, formada em 2010, originária de Denton (Texas) e atualmente fixada em Nashvile. Descobri ontem, meio por acaso e me encantei com suas texturas musicais – uma mistura de guitarras, sanfona, baixo, violino, banjo e vários instrumentos de percussão. Além dos belíssimos arranjos vocais e das letras, que, pra mim, soam como trilhas sonoras de histórias de amor, dramas, tragédias, mas sempre com um frescor que parece vir da natureza. Vale a pena...


terça-feira, 10 de março de 2015

A Desculpa É Um Ato Individual Da Razão

Comecemos pela famigerada “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, a meu ver, a maior balela da história universal das balelas! Que, não contente em responsabilizar a pessoa errada, ainda quer garantir o status de eternidade a um conceito que só poderia ter sido produzido pelo lado fraco da equação. Vejamos: existe o sujeito A, que podemos chamar de “cativador”, e o sujeito B, o “cativado”. Ao que eu saiba, não existe “cativamento” (rs) compulsório. Logo, o ato de ser cativado é um exercício da vontade de um indivíduo - o que “se deixa” cativar; ato este que pode se fundamentar na realidade, ou nas expectativas. Via de regra a realidade costuma ser supervalorizada pelas expectativas. Não tem aquela piada do sujeito que ganha um arreio de presente e fica ansioso à espera do cavalo? Tá certo, na piada o presente é uma lata de estrume... nesse caso nem se trata de expectativa, mas de idiotia pura, o que não é tema de discussão por aqui (rs).

Voltemos à questão: se o cativar é um ato de vontade, a quem cabe a responsabilidade por esse ato? Óbvio que ao “eu” da equação, o cativado! Não há coisa alguma a se imputar ao “outro”, o cativador, que não pode ser responsável pelas expectativas de ninguém, fora as dele mesmo. Indo um pouco além, podemos substituir a palavra “responsabilidade”, por outra que, aliás, costuma aparecer mais frequentemente nesse contexto, qual seja, a palavra “culpa”. Se no tal processo de cativamento, algo deu errado (por exemplo, ao invés do cavalo como um próximo presente, a intenção de quem deu o arreio era montar no “presenteado”... rs), de quem seria a culpa? E nem estou falando em tese... falo de mim mesmo, que cansei de ser cativado e ganhar arreios e...

Meu mantra atual é: não espere dos outros nada além do mínimo que se pode supor que ele possa/consiga dar! Isso significa que minha vigilância deve ser direcionada precipuamente às minhas expectativas, no sentido de que elas estejam absolutamente próximas e coincidentes com a (dureza, na maioria das vezes) realidade. Sem perder de vista que o único responsável por tudo, em especial pelos erros de avaliação, sou sempre eu!

E chegamos ao título do post (ficou uma reflexão meio desordenada, né). Dizem que, quando ficamos velhos, nos tornamos cínicos (não no sentido pejorativo da palavra, mas no daquela antiga escola filosófica), ou espiritualistas! Pois é, acho que o meu caso é mais de cinismo mesmo! Os meus amiguinhos cínicos sempre diziam que, quando pedimos desculpas a alguém, queremos de fato corresponsabilizar esse alguém por uma culpa que é apenas nossa. Se pedimos desculpas é porque reconhecemos, intimamente, que erramos. E esse erro se deu num exercício da nossa vontade, sendo, pois, de nossa inteira responsabilidade. O que implica em que só nós temos a capacidade de nos desculpar, quer seja mudando nossas atitudes e comportamentos, quer seja, por um processo puramente racional, tratando de esquecer. E procurando, ao máximo, nunca cair na armadilha do ressentimento. Desculpar não é signo de espiritualidade... é um ato da razão prática.




domingo, 8 de março de 2015

Active Child



E não é que Jamesvaldo tem bom gosto musical, além de me surpreender com belas dicas! Interessante que, sempre que ele descreve o estilo da banda, não me causa muita empolgação para ouvir. Com Active Child (o projeto musical de Pat Grossi) não foi diferente. Começa que a banda tem um pé no eletrônico... se bem que isso não seja falta tão grave! (rs) Mas aí vêm os outros atributos: dream, chillwave, avant-garde... pensei, não vou gostar!

Errei completamente! (Eu e meus preconceitos classificatórios.) O cuidado com os vocais, o uso de instrumentos mais clássicos (como harpa, por exemplo), ao lado de sintetizadores e outros típicos do folk, além de letras belíssimas, do Pat com sua voz angelical... enfim, adorei de paixão! Vale a pena conferir a discografia toda e que nem é tão extensa!

Duas músicas, pra dar ideia da vibe deles que, aliás, são maravilhosos ao vivo!