quarta-feira, 18 de março de 2015

Vazio x Rejeição

Eu conheço o carinha há mais de ano. Ele deve ter uns 50tinha... solteiro. Preciso dizer mais alguma coisa? (rs) Embora nunca tivéssemos conversado mais consistentemente, ele me parecia ser alguém inteligente, ponderado; fisicamente, bem, até que interessante! Um tiquinho gordo, mas, para certas partes da anatomia isso até é vantajoso. Pelo menos pro meu gosto! (rs). Não poderia classificá-lo como amigo, no máximo conhecido, dá pra entender, né.

De uns tempos pra cá ele passou a me convidar (até com certa insistência) para um café, em que poderíamos “nos conhecer melhor”. Pra cima de “moi”, puta véia! Sei o que ele queria conhecer melhor! Enfim, sábado passado (até agora não entendi, talvez por uma agudização da minha crise de secura, nível Cantareira, entende?!) aceitei. Tudo pela pátria!

Analisemos: ele me convidou para ir ao Shopping Santa Cruz, na Vila Mariana... curiosamente ele mora por ali. Onde eu sei (ele não sabe que a ZS é minha “área”... conheço tudo! rs) que não tem uma cafeteria decente. Aliás, aquele shopping só tem molecada fazendo zueira, é uma porcaria! E pra coroar, chovia demais! Mas, como não sou de “furar”, lá fui eu.

Resumindo: ficamos numa loja da Kopenhagen exatos 20 minutos e que foram suficientes para que eu soubesse que tenho nada a ver com ele, com o modo de pensar, de ser, etc. Cara preconceituoso, politicamente obtuso, conversa chata elevada à enésima potência! Sobrava o que? Uma bunda? Sinceramente...

Aí vem o diálogo fatídico: você tem alguma coisa pra fazer agora? ele perguntou. Não. Quer conhecer meu ap? Não. Acho que ele ficou alguns segundos naquele estado, entre a letargia e a não compreensão dos 2 nãos na sequência. Ah, então você já tem algum programa? ele insistiu, como quem procura uma explicação razoável pelas minhas negativas monossilábicas. Não... era o terceiro! Achei por bem explicar, não lembro ipsis litteris, mas foi algo como: não vejo motivo algum, ou justificativa para que eu vá conhecer seu ap. Simples assim! Não somos amigos, não temos nenhuma afinidade, temos ideias diametralmente opostas sobre coisas importantes da vida, enfim, acho que valeu pelo café. Não sei se ele entendeu bem. É complicado querer um doce, planejar ter o doce, as expectativas se encaminharem, aparentemente, em direção ao doce e, no final...

Voltando pra casa, pensando sobre outras épocas, em que “topei paradas” infinitamente piores, situações que, se eu contasse, até Deus duvidaria (rs), foquei na sensação de vazio que, invariavelmente, se seguia após esse tipo de transa casual. Um vazio existencial absurdamente dolorido e que eu cansei de sentir. E que, sábado, eu senti com clareza antes mesmo do “fato em si”. Mas, também senti compaixão, pois uma das piores coisas da vida é se sentir rejeitado. Já me senti assim algumas vezes. É difícil, a autoestima vai pro rés-do-chão! Ele deve ter sentido algo nessa linha. Definitivamente não me orgulho do que fiz...
  

2 comentários:

  1. Concordo com vc qto aos sentimentos q devem ter aflorado no moçoilo depois de tantos "nãos", mas atualmente eu ajo exatamente assim ... qdo não quero não quero e pronto ... sinto muito o q a outra parte pode sentir, mas o q importa é o q eu sinto no momento ou sentirei depois ... pq deveria me contrariar só para q o outro em sua vida se sinta bem ... not not not ... não vejo as coisas mais assim ...

    O problema de tudo isto é q dificilmente eu não estou a fim, qdo se trata de um mero biscate ... kkkkkkkkkkkkkkkkkk ... afinal vou comer ou dar ... não vou conversar ... OMG! [este coment ficou escroto demais mas paciência].

    Beijão

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  2. Eu acho que comer o cara hoje apenas alimentaria uma expectativa maior no futuro. Então arrancar o esparadrapo foi sim melhor que puxar aos pouquinhos.

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