sábado, 31 de janeiro de 2015

The Normal Heart



Depois de quase 1 ano, eis que assisti The Normal Heart. Estava com ele desde que foi lançado, mas algo não me encorajava a ver. Talvez as leituras das resenhas, análises, críticas, algumas bem opostas entre si. Talvez o tema central, a AIDS. Para quem viveu naquela época (início dos anos 80), é meio como rever todos os medos, angustias, os fantasmas (senti assim em Philadelphia). E o filme retrata exatamente isso: o fim do sonho da liberdade sexual, duramente conquistada nas décadas anteriores, a volta dos preconceitos (carregados agora com os estigmas visíveis pelo corpo dos doentes), o acirramento dos discursos religiosos contra os homossexuais, enfim, era como “a volta do cipó de aroeira”, mas não no lombo de quem sempre mandava dar. (Aroeira – Geraldo Vandré... rs)

Aliás, uma das sensações que eu tive na época do surgimento dos primeiros casos noticiados foi a do “pêndulo das liberdades”. Como nunca acreditei em evolução dos costumes (na verdade não creio em nenhuma forma de evolução, quer seja cultural, científica, filosófica... vejo a história da humanidade como uma sucessão de epistemologias, que nascem da sua própria possibilidade e depois, com o tempo, acabam por implodir, dando lugar a outra forma sistêmica, descontinuamente) era uma nova onda conservadora na sequência de outra liberalizante. Er... esse assunto é complexo demais... voltemos ao filme! (rs)

Não vou me ater ao enredo, pois acredito que todos já viram, nem às maravilhosas interpretações dos atores (pois é, bons atores, boa grana, bom enredo, bom diretor, fórmula quase certa de sucesso). Quero apenas comentar sobre um aspecto que apareceu quase como unanimidade nas críticas que li, mas que, ao contrário, foi um dos que mais apreciei. Refiro-me ao que os críticos classificaram como excesso de dramaticidade. Um exemplo: “Um dos maiores erros da produção, nesse sentido, é a direção de Ryan Murphy. Tudo bem que uma parte é implicância minha, mas alguns momentos, como o do casamento, são extremamente levados para um lado dramático exagerado. Não que a cena não comova, muito pelo contrário, mas parece que tudo gira em torno disso, perdendo a essência, perdendo a verdadeira função por trás de tudo.” (Igor Pinheiro – Ccine)

Perdendo a essência?! Perdendo a verdadeira função por trás de tudo?! Devo ser um romântico incorrigível! Pra mim a presença do amor romântico entre o casal Ned Weeks e Felix Turner (Matt Bomer é o que há, né?! rs) se constituiu num contraponto humanizante, esse sim essencial, no meio daquela tragédia toda. E mesmo o “amor recolhido” do Jim Parsons pelo Mark Ruffalo contribui para deixar que transpareça humanidade, entre sarcomas, pneumocystis, etc. Cenas cruéis, rudes, chocantes, há aos montes, e são essenciais, sem dúvida. Entretanto, ouso dizer (talvez de um ponto de vista de hoje) que, não fosse a presença dos verdadeiros laços de amor, em todos os níveis e sentidos, o cipó da aroeira teria machucado muito mais.

Sem correr o risco de ser spoiler (rs), algumas cenas maravilhosas: aquele baile com The Gay Men’s Chorus cantando The Man I Love, de arrepiar... e a sequência final, culminando com outro baile, agora com The Only Living Boy in New York. Nem preciso dizer, né... acho que no dia em que assisti, o nível do Cantareira subiu 1 ponto percentual! (rs)


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Outro Príncipe



Saindo do frescor bucólico do Sean, envolvido pela magia do fluxo da natureza, vamos agora para o folk céltico e o furor gaélico de Damien Dempsey. Uma realidade bem diferente... fábricas, trens, casas nos subúrbios de Dublin. E pessoas: operários, jovens, estudantes, desempregados, desiludidos, lutadores. Para Damien as pessoas são a música; sua voz se confunde com a voz da Irlanda! E ele canta (como quem vive e desafia) sobre injustiça, saudade e perda, dor e esperança, desespero e aventura, emoção e infância... amigos que se foram, amores...

Seus primeiros álbuns eram marcados pela raiva, com músicas de protesto, desafiadoras. Com o tempo (e amadurecimento), ocorreu uma reorientação temática. Ele passou a cantar mais sobre o que tem guardado no fundo da alma, suas experiências de vida e, a meu ver, encontrou definitivamente sua melhor veia. Destaco duas músicas dessa “virada”: Chris and Stevie, um maravilhoso poema sobre a relação de dois amigos da adolescência (ficamos na dúvida até que ponto uma homo relação) e seu trágico fim... e Canadian Geese (vídeo abaixo, rs), uma janela aberta na sua infância, seus devaneios, sua imaginação a observar essas aves migratórias.  

E tem mais: apesar da origem humilde, grande parte de suas letras trazem referências de grandes escritores! Vemos citações de Orwell, Kavanagh, Joyce, Wilde, tudo aliado ao belíssimo lirismo contido em suas canções. Fora a sua presença de palco, seu magnetismo, sua força (ele foi lutador de boxe na juventude) e sua doçura. Precisa de mais para ser um príncipe? Ah, e tem o sotaque... adoro! (rs) 

Voz e violão e tenho a impressão que existe uma banda inteira no palco. E não tem?


terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Um Príncipe



Divagando aqui, no deleite das músicas do novo EP (Supermoon) do Sean Carey, a ser lançado no dia 17 de fevereiro: quando penso em príncipes, um dos fortes candidatos que surgem em minha mente é esse lindo! (rs) Sensível, tímido, olhar triste, distante, tem como ficar imune?

Com forte influência de James Taylor, Sean faz, entretanto, um indie/folk (quase lo-fi) mais bucólico. Aliás, o bucolismo é uma de suas marcas. Nasceu, foi criado no campo (Eau Claire - Wisconsin) e até hoje vive em uma propriedade (belíssima) com rios, cachoeiras, florestas intocáveis, enfim, um paraíso, ao menos para quem curte esse modo de vida. Como ele sempre diz, é o seu refúgio, para onde ele sempre volta após suas apresentações, onde se sente inteiro, para compor, sonhar, viver. Pensando aqui: será que esse é bem o meu sonho?

Explicando um pouco o meu “jeitinho de ser” (rs): antigamente eu acreditava ter como principal característica a volubilidade. Na verdade eu nunca fui aquele tipo que tem gostos, digamos, fiéis, em todos os aspectos. Quem já foi fazer compras comigo e não me conhece, no mínimo acha tudo muito estranho. Eu adoro variedades! Adoro diversificar. Desde sabonetes, perfumes, bebidas, cigarro, tudo. Sou o oposto daquelas pessoas que só consomem uma marca, um tipo de coisa. E também sou um “novidadeiro” ao cubo! Adoro experimentar... de tudo! (rs)

Em matéria de príncipes, devo dizer que ocorre o mesmo. Num momento amo alguém como o Sean e, de repente, adoro, por exemplo, o Damien Dempsey, que é um oposto: fortão, meio bruto (foi lutador de boxe, antes de se tornar cantor), urbano, contestador... vai entender! E tem também os meus lindos judeus. Enfim, será que tenho conserto?

Pra dar uma ideia da vibe do moço, fiz uma edição de cenas do vídeo promocional do EP. A música é linda, simplicidade e lirismo... coisa mais fofa!  


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Como Fazer Um Filme Francês



Comece com um roteiro sem pé, nem cabeça. Quanto mais idiota, melhor! Com poucos diálogos; aliás, quanto menos, melhor... e sempre seguindo o esquema do roteiro (no que tange ao pé e cabeça). De preferência use técnicas de filmagem que valorizem pouco as cores, mas que não tenham como produto final o singelo preto e branco. Tons de cinza são bem vindos! Ou ainda tudo em amarelo, ou verde, ou azul... o tchans é abusar do monocromatismo!

Atores: além de péssimos (canastrões, se possível), que falem tão baixo a ponto de não conseguirmos escutar porra nenhuma do que estão falando. Sempre ficará a dúvida se o problema é com eles, ou com o técnico de som. Importante que, seja qual for o teor das cenas (alegres, dramáticas, ternas) todos, inclusive os figurantes, façam sempre um carão bem blasé! Sempre! Se tiver cachorrinhos, gatos, papagaios... tudo no blasé!

Para editar: corte o filme em vários pedaços, sem se preocupar que tais pedaços deixem uma cena truncada. (Aliás, cortar uma(s) cena(s), em qualquer ponto aleatório, sempre provocará a inquietação do espectador, que tenderá a ver genialidade nisso.) Depois, não numerar os pedaços. Embaralhe-os e coloque-os em uma sequência qualquer. Quanto mais sem nexo, melhor. A ideia é deixar todos na dúvida se o filme já começou, está no meio, vai acabar, ou mesmo se existe (quem já não exclamou: esse filme não existe! rs).

Pra finalizar, tem o final! (rs) Que, como sempre acaba a verba, curta por natureza, não dá pra rodar a(s) cena(s) que encerrariam essa mer..., digo, obra de arte. Então, vai assim mesmo, terminando de repente. Do nada, que subam os créditos! Ah, com letras tão pequenas, que só com telescópio poderíamos ler.

Entenderam?

PS: Se mesmo assim você conseguir gostar (e entender), é porque o diretor é canadense.



domingo, 25 de janeiro de 2015

ABC

Er... Hum... Nhem... Será?! (rs) Será que tem gente que vai de crocs? Será que não tem uma noite indie? Pelo menos algo se salvaria... Começo a entender porque acima de 50 anos paga meia! (rs)

Ai, gente! O carinha dançando com a garrafinha de água mineral na mão! Sei não... meu sonho não é bem esse!

Uma edição dos melhores (oi?!) momentos de uma noitada...


sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

M83

Revisando algumas bandas que não ouço tanto, lembrei dessa, M83. É uma banda francesa indietronica/dream/shoegazing (rs) formada em 2001. O nome, ao que consta, é o de uma galáxia, o que indica o tipo de sonoridade que eles fazem.

Gem Club se inspirou neles, embora suas “viagens” se dirijam mais aos interiores do sistema humano. Na Gem as letras intrigam, desassossegam (eita!)... na M83 acabam por se perder nas sofisticadas elaborações melódicas, características da banda.

Hoje estou econômico nas minhas descrições... (rs)


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Joshua Radin



Acaba de sair o novo álbum de Joshua Radin (14/06/1974), cantor e compositor americano indie/folk. Onward and Sideways é o 6º álbum de um dos maiores “emplacadores” de músicas de seriados de TV. Scrubs, Grey's Anatomy, Brothers and Sisters, Cougar Town, One Tree Hill são alguns exemplos.

Sua música tem aquele estilo melódico tão característico do suave e cativante folk de nomes como Simon & Garfunkel, Elliott Smith e Iron & Wine. Gostoso de ouvir, sem dramas, sem “encucações”, um lirismo equilibrado eu diria... Pra completar o seu lado “bom moço” (rs) ele também trabalha com projetos de educação musical para crianças. Lindinho, né!


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Escolhas

Ontem, sem energia elétrica e sem sinal da net (mas, graças a Deus, sem racionamento de água, que isso é intriga da oposição, rs), vasculhando a gaveta das “tralhas” (na verdade são algumas, perigosas gavetas), encontrei esse texto. Interessante a sensação do distanciamento. Do texto em relação ao fato e dessa releitura agora. É tanta névoa, tanta realidade esgarçada, perdida, solta, aprisionada, tão difícil de recompor as exatidões (do fato e do texto), equação do tempo, que flutuou, se perdeu e agora exige uma reconstrução. O que sou hoje, além dessa reconstrução diária da minha história?

**********

Não recordo exatamente quando ele foi embora de São Paulo. Sei que, nos meses seguintes, fui visita-lo quatro vezes. Minha terceira ida: eu estava cheio de novidades... havia começado o curso de economia, conseguido um trabalho muito bom, cheio de planos. Eu queria falar de futuro. Passamos a tarde inteira caminhando e conversando. Ele, só lembrando tudo o que havíamos vivido. Ele tinha uma memória fantástica... descrevia detalhes, coisas que eu havia esquecido. Era como se ele estivesse narrando um belo romance no tempo passado. E se eu tentava contar um pouco das minhas expectativas, era envolvido em mais cenas, que ele descrevia, da nossa história.

O que me pediam aqueles olhos azuis, numa tarde ensolarada, nós dois, sentados num banco de uma praça belíssima? Talvez eu soubesse. Talvez ele também. Nenhum de nós, porém, falava o que deveria ser dito. Eu ouvia uma linda história de amor, contada pra mim, sentida por mim em cada palavra, em cada silêncio, mas que não tinha o poder, nem a suficiência, de criar em mim o anseio de uma história futura. Era angustiante, nós dois sabermos, termos consciência, do que cada um queria, do que cada um implorava ao outro... sem pedir, sem implorar... meu Deus! Por quê?!

De noite, quando nos despedimos na rodoviária (a penúltima despedida), uma sensação de vazio tomou conta do nosso abraço. Ele perguntou se eu voltaria. Eu disse que sim. Ele perguntou se eu ainda gostava dele. Eu disse que sim. Ele encostou sua cabeça em meu peito (consigo sentir ainda agora). Sem palavras, minhas conexões neurais (malditas!) restabelecendo agora todas as imagens. Eu podia ter falado qualquer coisa... pedido um tempo, prometido algo, uma palavra de esperança, um sinal qualquer de que ainda havia algo como “uma nossa história” a ser escrita... mas, nada. Ele também se calou.

Quando o ônibus partiu, pela janela o vi de cabeça baixa. Recostei-me na poltrona e dormi. A ultima vez que nos vimos, foi quase um ano depois. Não sei se quero, ou tenho capacidade, hoje, de escrever como aconteceu. Melhor não. Hoje escolho não escrever. Hoje escolho sequer pensar a respeito. Escolhas... talvez nossa única prerrogativa na vida. Escolher caminhos, escolher questões, respostas, esboços, ao vagar dos ventos e dos pensamentos.

**********

Essa música, céus! Glen Hansard. Acho uma boa escolha pra ilustrar esse post...


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Father John Misty



Joshua Tillman (Maryland, USA - 03/05/1981), cantor, compositor, guitarrista, baterista... educado em rígidos padrões evangélicos neopentencostais, com toda a carga opressiva que bem conhecemos. Pelo que li em uma entrevista que ele concedeu em 2012, quando do lançamento de Fear Fun (daqui a pouco comento sobre, rs), o clima em família era, dizendo o mínimo, absurdo e grotesco, a ponto de ser “autorizado” a ouvir, pela primeira vez na vida, música “secular” (eu nem sabia que existia esse conceito ainda!) aos 17 anos de idade! Adivinhem o que caiu nos ouvidos do lindinho? Bob Dylan! Isso porque os pais, não se sabe como, o consideravam um cantor cristão... tolinhos, né! rs A partir dai, desandou...

Aos 21 anos saiu de casa e mudou-se pra Seattle. E teve início o seu contato com o universo da música folk. Fez parte das bandas Saxon Shore e Fleet Foxes (que eu adoro!) e, finalmente em 2012, montou sua própria banda: Father John Misty. Seu álbum de estreia (Fear Fun) foi um choque! Saindo de um período de depressão (com tudo o que se tem direito, sexo, drogas...), suas músicas se abrem para a transgressão e acidez, sem perder o humor. Segundo a crítica, um dos grandes trabalhos de 2012, no que concordo plenamente.


Agora, 3 anos depois, acaba de sair seu novo álbum: I Love You Honeybear. Sem ser algum tipo de ruptura com o trabalho anterior, muito pelo contrário, é um aprofundamento de sua temática. Em minha opinião ele conseguiu superar (talvez pela maturidade) toda a sarcástica beleza que já existia em Fear Fun. A novidade é que, dessa vez, algumas músicas surgem carregadas de um lirismo (mais típico do folk), quase inexistente anteriormente.

Enfim, são dois álbuns imperdíveis para quem gosta de ouvir (e ver, que o cara, além de lindo, tem um carisma que, vou te contar! rs) músicas que têm o “que dizer”... a complexidade dos sentimentos, nossos aprisionamentos, nossa libertação, a banalidade da vida, por aí...

Esse merece dois vídeos... de Fear Fun, Only Son of the Ladiesman…





E essa delícia agora, Bored in the USA, em alusão a Born in the USA, do Bruce Springsteen...


sábado, 10 de janeiro de 2015

Who Is Lewis?



Bem que poderia ser uma história extraída de algum romance de mistério. Um belo dia, um colecionador de discos raros, que passeava por um “mercado de pulgas” em Edmonton (Canadá), teve sua atenção dirigida a um disco de vinil... capa branca, com a foto de um rapaz e apenas um nome: Lewis. Nome do disco: L’Amour. Aparentemente uma produção independente (produzido por uma certa gravadora RAW, que ninguém conhecia), poucos créditos na contracapa. Era datado de 1983, um disco autoral... músicas, letras, piano, tudo autoria do próprio Lewis, fora o sintetizador de fundo, presente na maioria das canções.

Maravilhado com a beleza das composições, o disco foi encaminhado para a gravadora Light In The Attic, que, de imediato, se interessou em sua digitalização. Assim começou a “caçada” à procura do tal Lewis. Até investigadores particulares foram contratados! E também começaram a surgir diferentes versões (uma mais maluca que outra) sobre quem seria, onde morava, o que fazia. De concreto foi encontrado outro disco (Romantic Times, gravado em 1985), agora assinado por Lewis Baloue, além do fotógrafo responsável pelas capas dos discos e uma pessoa que disse ser um irmão dele, mas que não o via desde 2007. E a certeza que Lewis era um nome artístico. Esse irmão afirmou que o verdadeiro nome era Randall Wulff. Que não foi encontrado até hoje.

Bem, e o que temos em L'Amour? São 10 músicas (3 instrumentais) etéreas, frágeis, cantadas tão suavemente que, nos finais dos versos, Lewis parece sussurrar aos nossos ouvidos. Simplesmente lindo! A base do sintetizador é atmosférica, os acordes do piano (simples, mas com uma enorme riqueza melódica) se contrapõem à sonoridade da voz, que passeia por regiões entre o sono e a vigília... não dá pra descrever! É o tipo de música que temos que ouvir relaxados numa poltrona, de preferência num ambiente mais escuro... é uma viagem! Não sei se existe essa classificação, mas é o que mais se aproxima: indie/impressionista.

Em Romantic Times algo aconteceu. O estilo é o mesmo, temos violão agora, mas a sonoridade perdeu um pouco da espontaneidade, além de um abuso nos falsetes da voz. Talvez seja um disco mais casual, sem o ingrediente da eternidade presente em L’Amour, acho que é isso. Uma coisa é certa: Lewis continua a ser um mistério. Você conhece Lewis? Ou será que Lewis é você? (rs)

Pra dar uma ideia do que estou falando (rs), editei esse vídeo, para o deleite de quem quiser arriscar.


quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Você percebe que...

... ou entende nada de música, ou tá ficando velho demais, ou não conseguiu captar a beleza (oi?!) oculta da música/vídeo, ou o mundo não tem mais jeito, quando você vê a maior babação sobre essa mer..., digo, performance... rs

E tem gente que viu “beleza helênica” nessa coisa... céus!


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Girls In Peacetime Want To Dance



E pra abrir a temporada 2015 de lançamentos, sai no próximo dia 20 (depois de mais de 4 anos sem novidades) o novo álbum do Belle & Sebastian. Primeiras impressões: digamos que metade das músicas está na “vibe” característica do B&S. A outra metade... sei lá, está meio dance/eletrônico, não muito do meu gosto. Preciso ouvir melhor.

Sempre achei que eles são algo como The Smiths, sem os tons depressivos, mais leves, humorados, e isso se confirma nas canções lançadas agora. Certas ambiguidades, sexualmente falando (rs), continuam presentes, enfim... acho que o Stuart Murdoch não sairá do armário tão facilmente...

Como amostra, a música que abre o álbum.  


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

13 de Maio

Depois de longos 15 anos (er... 15 dias, rs), eis que o sol da liberdade volta a brilhar nessa terra de Sampa... se bem que podia brilhar sem fazer tanto calor!



PS: Mais um dia que fosse e vocês veriam alguma notícia nos jornais, tipo: “Ensandecido pelo espírito natalino, matou, a facadas, toda a família... incluindo uruguaios desavisados, que perambulavam por essa antiga (saudaaaades!) terra da garoa!” Só por Deus...