Comece com um roteiro sem pé, nem cabeça. Quanto mais idiota,
melhor! Com poucos diálogos; aliás, quanto menos, melhor... e sempre seguindo o
esquema do roteiro (no que tange ao pé e cabeça). De preferência use técnicas de
filmagem que valorizem pouco as cores, mas que não tenham como produto final o singelo
preto e branco. Tons de cinza são bem vindos! Ou ainda tudo em amarelo, ou verde,
ou azul... o tchans é abusar do monocromatismo!
Atores: além de péssimos (canastrões, se possível), que
falem tão baixo a ponto de não conseguirmos escutar porra nenhuma do que estão
falando. Sempre ficará a dúvida se o problema é com eles, ou com o técnico de
som. Importante que, seja qual for o teor das cenas (alegres, dramáticas,
ternas) todos, inclusive os figurantes, façam sempre um carão bem blasé!
Sempre! Se tiver cachorrinhos, gatos, papagaios... tudo no blasé!
Para editar: corte o filme em vários pedaços, sem se
preocupar que tais pedaços deixem uma cena truncada. (Aliás, cortar uma(s)
cena(s), em qualquer ponto aleatório, sempre provocará a inquietação do
espectador, que tenderá a ver genialidade nisso.) Depois, não numerar os
pedaços. Embaralhe-os e coloque-os em uma sequência qualquer. Quanto mais sem
nexo, melhor. A ideia é deixar todos na dúvida se o filme já começou, está no
meio, vai acabar, ou mesmo se existe (quem já não exclamou: esse filme não
existe! rs).
Pra finalizar, tem o final! (rs) Que, como sempre acaba a
verba, curta por natureza, não dá pra rodar a(s) cena(s) que encerrariam essa
mer..., digo, obra de arte. Então, vai assim mesmo, terminando de repente. Do
nada, que subam os créditos! Ah, com letras tão pequenas, que só com telescópio
poderíamos ler.
Entenderam?
PS: Se mesmo assim você conseguir gostar (e entender), é
porque o diretor é canadense.
Não seja tão radical pois existem coisas bem piores ... os tupiniquins por exemplo ...
ResponderExcluirBeijão
Gostei muito do Intouchables e, este ano, do Les Petits Mouchoirs. Me lembro até de ter achado Le fabuleux destin d'Amélie Poulain interessante mas o DVD (na época) estava riscado e não pude ver o final. Quem sabe um dia?
ResponderExcluirQuanto aos tupiniquins, o último que gostei bastante de "Dois Coelhos".
Ri aqui da descrição, bem parecida mesmo com a realidade !
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