Bem que poderia ser uma história extraída de algum romance de mistério. Um belo dia, um colecionador de discos raros, que passeava por um “mercado de pulgas” em Edmonton (Canadá), teve sua atenção dirigida a um disco de vinil... capa branca, com a foto de um rapaz e apenas um nome: Lewis. Nome do disco: L’Amour. Aparentemente uma produção independente (produzido por uma certa gravadora RAW, que ninguém conhecia), poucos créditos na contracapa. Era datado de 1983, um disco autoral... músicas, letras, piano, tudo autoria do próprio Lewis, fora o sintetizador de fundo, presente na maioria das canções.
Maravilhado com a beleza das composições, o disco foi
encaminhado para a gravadora Light In The Attic, que, de imediato, se interessou
em sua digitalização. Assim começou a “caçada” à procura do tal Lewis. Até
investigadores particulares foram contratados! E também começaram a surgir
diferentes versões (uma mais maluca que outra) sobre quem seria, onde morava, o
que fazia. De concreto foi encontrado outro disco (Romantic Times, gravado em
1985), agora assinado por Lewis Baloue, além do fotógrafo responsável pelas
capas dos discos e uma pessoa que disse ser um irmão dele, mas que não o via desde
2007. E a certeza que Lewis era um nome artístico. Esse irmão afirmou que o
verdadeiro nome era Randall Wulff. Que não foi encontrado até hoje.
Bem, e o que temos em L'Amour? São 10 músicas (3
instrumentais) etéreas, frágeis, cantadas tão suavemente que, nos finais dos
versos, Lewis parece sussurrar aos nossos ouvidos. Simplesmente lindo! A base
do sintetizador é atmosférica, os acordes do piano (simples, mas com uma enorme
riqueza melódica) se contrapõem à sonoridade da voz, que passeia por regiões
entre o sono e a vigília... não dá pra descrever! É o tipo de música que temos
que ouvir relaxados numa poltrona, de preferência num ambiente mais escuro... é
uma viagem! Não sei se existe essa classificação, mas é o que mais se aproxima:
indie/impressionista.
Em Romantic Times algo aconteceu. O estilo é o mesmo, temos
violão agora, mas a sonoridade perdeu um pouco da espontaneidade, além de um
abuso nos falsetes da voz. Talvez seja um disco mais casual, sem o ingrediente
da eternidade presente em L’Amour, acho que é isso. Uma coisa é certa: Lewis
continua a ser um mistério. Você conhece Lewis? Ou será que Lewis é você? (rs)
Pra dar uma ideia do que estou falando (rs), editei esse
vídeo, para o deleite de quem quiser arriscar.
Amei o som ... realmente algo inebriante ...
ResponderExcluirAgora vai saber né? vai ver q sou eu e eu nem sei mais disto ... rs
NOSSSSSA, obrigado pela pesquisa e pela dica! adorei!
ResponderExcluirGente... que coisa?! Eu fico enlouquecido com essas coisas que eu não entendo... Como bem disse o Bratz o som é inebriante, mas eu fico me perguntando o que deve tê-lo levado a fazer as coisas que fez, por onde andou...
ResponderExcluirMuito bacana!
Foi encontrado ano passado: http://blog.lightintheattic.net/?p=28161
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