domingo, 26 de abril de 2015

Achshav Karov

De longe, Idan Raichel é o cantor da terrinha que mais aparece por aqui. Motivo: é o poeta que mais entende dos sentimentos, dos amores, das esperanças, das suavidades. Ainda não encontrei alguma música dele que eu pudesse não gostar. E, pelo sucesso que ele faz por lá, não devo ser o único que pensa assim. Ele consegue, apesar de grande parte de suas músicas ser intimista, realizar mega apresentações em espaços abertos, como nesse vídeo. Muito lindo...


domingo, 19 de abril de 2015

Será Que Mahler Curtiria?

Então... eu já vi/ouvi o Adagietto da Sinfonia nº 5 do Mahler (belíssima, por sinal!) servindo de música de fundo para várias cenas de filmes (o mais célebre, Morte em Veneza) e inclusive de algumas novelas. Entretanto (rs), como nesse curta (se é que podemos classificar assim), tipo “lutinha”, é a primeira vez!

A música continua bonita... até que não só a música, né...


quinta-feira, 16 de abril de 2015

Waking Up

Esse curta (pena que muito curto) lá da terrinha é muito lindinho e fofo! Aliás, como os atores (eu prefiro o bearzinho, rs) e, porque não dizer, como tudo que azamigas de kipá fazem, né... sempre com alguma mensagem... gente linda!

E você, Paulo, nunca teve um sonho desses? rs


terça-feira, 14 de abril de 2015

Nous Sommes Du Soleil

Você veio com o dia
E se foi pela tarde;
A noite, restou vazia.



“Ritual” é uma das muitas sinfonia/rock do YES, com várias partes, alternando entre o suave, o agressivo, o amedrontador. Eu sempre amei esse último movimento que, de certa forma, consegue responder a uma indagação que me foi feita há muito, muito tempo atrás... nous nous étions du soleil.


segunda-feira, 6 de abril de 2015

Humano, Demasiado Vazio

“Quando me ponho às vezes a considerar as diversas agitações dos homens, e os perigos e trabalhos a que eles se expõem, na corte, na guerra, donde nascem tantas querelas, paixões, cometimentos ousados e muitas vezes nocivos, etc., descubro que toda a miséria dos homens vem duma só coisa, que é não saberem permanecer em repouso, num quarto. Um homem que tenha o bastante para viver, se fosse capaz de ficar em sua casa com prazer não sairia para ir viajar por mar ou por cerco a uma praça-forte. Ninguém compraria tão caro um posto no exército se não achasse insuportável deixar-se estar quieto na cidade; e quem procura a convivência e a diversão dos jogos é porque é incapaz de ficar, em casa, com prazer.

Mas quando pensei melhor, e que, depois de ter encontrado a causa de todos os nossos males, quis descobrir a razão desta, achei que há uma bem efetiva, que consiste na natural infelicidade da nossa condição frágil e mortal, e tão miserável que nada nos pode consolar quando nela pensamos a fundo.”

(Blaise Pascal, in "Pensamentos")

O título do post é uma referência a um dos livros (Humano, Demasiado Humano) mais importantes de Nietzsche e que, de certa forma, agudiza o pensamento de Pascal. Quem sabe essa aproximação temática não deva ser digna de um estudo mais pormenorizado! Em linhas gerais, ambos tratam do vazio, inerente ao estatuto do homem, esse ser sem origem, posto que seu nascimento lhe é inacessível e cuja morte é a única certeza anunciada. Em  Nietzsche a “solução” para o vazio está no superar-se o próprio destino, tomando-o nas mãos, mesmo com a consciência do seu final. Em Pascal, bem mais pessimista, o homem, que não é senão a dobra daquilo que lhe é exterior, deve se organizar pelo “eu” (... essa ficção inventada pela esperança de se sentir minimamente organizado... essa parte é minha mesmo, rs) diante desse mundo exterior. Dureza, demasiada dureza!

O tema é o mesmo, tratado magnificamente nessa música do Eviatar Banai. Nada como o poder sintetizador da poesia...