Banda irlandesa formada em 2011, The Gloaming é o resultado da união de 5 músicos com formação erudita e cuja principal característica é a releitura da tradição folk/céltica, porém com uma estruturação musical absolutamente sofisticada. Dentre os temas musicais explorados pela banda, dois me são particularmente caros: a linguagem (sou fascinado pela sonoridade das palavras em línguas que desconheço!) e a temporalidade das coisas, do mundo, do homem. Aliás, onde melhor podemos ver o efeito do tempo, a não ser na linguagem?
E por falar em tempo (rs), tenho cá pra mim que, mais
poderoso que cigarro, álcool e drogas, esse nosso “amiguinho” é de lascar! É
uma verdadeira poção de veneno, que a natureza nos põe nos lábios e que possui
uma essência que supera todas as coisas. Por vezes, ele abre nossos sentidos,
adicionando poder e nos levando a sonhos exuberantes. Então o chamamos de esperança,
felicidade, amor. Outras vezes, em geral depois de nos saciarmos em demasia, perdemos
estatura, força, beleza, e assim terminamos em fantasia e delírio irreais. Haja
sabedoria para distinguir um estado do outro!
Voltando à banda... acaba de sair seu segundo álbum,
simplesmente chamado de 2. É dele essa canção que escolhi pra ilustrar o post. Editei
o vídeo com imagens da Irlanda (em timelapse, naturalmente, rs), embaladas por
essa jóia belíssima: Casadh an tSúgáin (A Torção da Corda). Escrita em gaélico
medieval, é um belo exemplo do estilo de interpretação característico da banda.
O refrão...
“Você vai ser meu
Tesouro do meu coração
Você vai ser meu
Antes de qualquer coisa do mundo
Você vai ser meu
E cada polegada do meu coração
Chora quando você não está...”
Tem como não amar?!
Exuberantes sem qualquer dúvida ...
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