segunda-feira, 3 de outubro de 2016

The Slow Show



Eles são de Manchester e, ao ouvir as primeiras músicas, lembra um pouco The National, Tindersticks, Nick Cave... pelo menos eu lembrei (rs). Mas, essa primeira impressão rapidamente desaparece diante da belezura contida, não apenas na requintada riqueza dos detalhes melódicos das canções, como também na poesia (quase sempre tensa!) das suas letras.

Eles lançaram seu primeiro álbum (White Water), em 2015, com uma postura de gente grande, fazendo um som refinado e de qualidade. E tem a voz grave (barítona? rs) do Rob Goodwin: carismático, envolvente, além de ser o responsável pelos arranjos minuciosos, onde cada instrumento soa, ao mesmo tempo, profundo e delicado. E tem os “complementos”: piano, violino, trombone (por vezes até coral), simulando uma pequena orquestra, reforçando o sobretom quase sempre melancólico do conjunto básico de guitarra, baixo e bateria, ou seja, uma trilha perfeita para o vocal aveludado do rapaz.

Agora, lançaram seu segundo álbum: Dream Darling. E eu me pergunto: como foi possível eu só ter descoberto essa maravilha semana passada?!


2 comentários:

  1. No início, esta música faz mesmo lembrar The National. Depois, um pouco mais à frente, o coral quase nos remete para os Sigur Rós.

    Quanto ao Rob Goodwin, dir-se-ia que nos conduz através das lendas de Camelot, como se pretendesse hipnotizar os espectadores que, não obstante a chuva, se mantêm numa postura quase ritual.

    A melancolia grave da voz, assemelha-se muito à de Tomás McKeown nesta música dos Waterboys:

    https://www.youtube.com/watch?v=Jg-oJKYIinQ

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    1. Bem lembrado! Algumas músicas possuem mesmo a grandiosidade característica do Sigur Rós. Pesquisando sobre sua dica musical, que me parece muito boa!

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