sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Place To Be

Hoje, um pouco mais de Nick Drake...

Penso que grande parte das pessoas passa a vida procurando algum caminho, algum ideal. E que pode ser algo material, ou espiritual, ou de beleza, ou ainda (talvez, no fundo, esse seja o primordial) de felicidade. O Nick, lá pelos seus vinte anos (o que é bem pouco, convenhamos), achou um desses caminhos. E que se materializou por suas canções, sempre imersas em lirismo, riqueza e simplicidade (combinação dificílima de encontrar!) profundas. Paradoxalmente, a maioria carregada de imensa tristeza.

Suas letras parecem brotar das diferentes “músicas do mundo”: sons de chuva, de sol, de lua, de estrelas, vozes de montanhas, de árvores, de areia, de mar. E mesmo que (novamente um paradoxo) construídas sobre poucos acordes, vibram harmonias, das mais finas e sofisticadas.

Acho que foi o Renato Russo (que tem uma interpretação lindíssima de Clothes Of Sand) quem disse que a sensibilidade dele parecia a de um anjo. Em minha singela opinião, penso que ele, provavelmente, foi um elemental da natureza. E que, um belo dia, resolveu voar, assim como voa quem consegue sentir tudo o que perpassa em suas canções.

Place To Be... ouço e me sinto exatamente assim, palavra por palavra...


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