Hoje, um pouco mais de Nick Drake...
Penso que grande parte das pessoas passa a vida procurando
algum caminho, algum ideal. E que pode ser algo material, ou espiritual, ou de
beleza, ou ainda (talvez, no fundo, esse seja o primordial) de felicidade. O
Nick, lá pelos seus vinte anos (o que é bem pouco, convenhamos), achou um desses
caminhos. E que se materializou por suas canções, sempre imersas em lirismo,
riqueza e simplicidade (combinação dificílima de encontrar!) profundas. Paradoxalmente,
a maioria carregada de imensa tristeza.
Suas letras parecem brotar das diferentes “músicas do mundo”:
sons de chuva, de sol, de lua, de estrelas, vozes de montanhas, de árvores, de
areia, de mar. E mesmo que (novamente um paradoxo) construídas sobre poucos
acordes, vibram harmonias, das mais finas e sofisticadas.
Acho que foi o Renato Russo (que tem uma interpretação
lindíssima de Clothes Of Sand)
quem disse que a sensibilidade dele parecia a de um anjo. Em minha singela
opinião, penso que ele, provavelmente, foi um elemental da natureza. E que, um
belo dia, resolveu voar, assim como voa quem consegue sentir tudo o que
perpassa em suas canções.
Place To Be... ouço e me sinto exatamente assim, palavra por
palavra...
Fato é que grande parte dessa sensibilidade é reflexo da tua própria beleza.
ResponderExcluirBelíssimo!
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