sexta-feira, 21 de março de 2014

Kele Okereke



Hoje vamos inaugurar (rs) uma nova série de posts com o marcador “Indie/Gay”. Explicando: falaremos sobre cantores e/ou músicos que, mesmo que toquem em alguma banda indie predominantemente hétero, são gays assumidos. Prá ser sincero, nem foi necessário um esforço investigativo assim tão complicado, viu! Será que, em parte, isso explicaria por que eu gosto tanto desse tipo de música? (rs)

O primeiro escolhido para a série é o Kele Okereke (13/10/1981), compositor, vocalista e guitarrista da banda Bloc Party (uma de minhas favoritas). Muito tímido e reservado, até mesmo avesso a muita exposição de sua vida pessoal, seu momento “coming out” aconteceu justamente através de duas entrevistas - ao The Guardian e à revista Butt, uma publicação dirigida ao público gay.

Justificando seu armário e a saída: "Os meus pais são super católicos e vêm de uma cultura nigeriana onde não havia pessoas gays assumidas e felizes... hoje, como eles estão ficando mais velhos, não gosto da ideia de que eles possam morrer sem saber de uma grande parte da minha vida. Mas, não é fácil. Sei que eles me amam e eu os amo igualmente... A razão pela qual estou falando abertamente sobre esse assunto é o fato de, sempre que ando por vários lugares, ser abordado por rapazes, gays, muitos adolescentes, que me dizem que é muito gratificante e encorajador ver alguém como eu se assumir, mesmo tocando numa banda relativamente ‘mainstream’. Eu mesmo, se tivesse conhecido alguém que me dissesse, em minha adolescência, ‘ei, está tudo bem!’, provavelmente eu seria uma pessoa muito diferente hoje. É por isso que faço isto agora, depois de anos sem falar nada a respeito. É bom mostrar que há gays de todas as formas e tamanhos". Taí... gostei!

Várias de suas composições falam sobre assuntos relacionados à temática homossexual. As que eu mais gosto são: “I Still Remember” (sobre relacionamentos adolescentes) e "Kreuzberg", sobre busca do amor e sexo casual (se bem que isso não seja prerrogativa homo, né!), em que ele conta uma experiência que vivenciou em Berlim. Eu adoro essa música!


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