Foi há muito tempo. Eu meio que era uma espécie de ídolo dele.
Quando estávamos sozinhos na casa da minha avó (meus tios moravam com ela) eu
agia como amigo dele. E me “aproveitava” da situação de ter essa ascendência
sobre ele. Ele era gay. Delicado (não gosto da palavra afeminado!). E daí? A “questão”
era que, se estávamos com mais pessoas, eu de certa forma me aliava com aqueles
que gostavam de fazer piadinhas, zombarias com ele. Bacana isso, né...
Pra completar a canalhice, sempre foi muito nítido pra mim
que ele pouco se importava com o que os outros faziam, ou diziam... o que mais doía
era o que eu fazia! Eu sabia, eu percebia, até admito que houvesse uma espécie de
arrependimento a posteriori, de minha parte. Mas, jamais cheguei a admitir isso
pra ele. Quantas vezes, daquele jeito simples dele, eu fui perdoado?
Hoje encontrei uma foto, toda a galera e ele bem do meu
lado. Se não me engano foi alguns meses antes dele morrer.
Quem de nós nunca magoou quem amava que atire a primeira pedra!!!
ResponderExcluirAs melhores pedras, as mais certeiras, são as que nós atiramos contra nós mesmos!
ExcluirSe você sente de verdade a música é porque já virou lado A, não?
ResponderExcluirPenso que não. Isso vai comigo até o fim. Ou até a próxima, não se sabe.
ExcluirMeu caro! Coisas do passado ficam no passado ... aprendi q o q está feito assim está ... e não se culpe tanto ... afinal fazemos as coisas dentro de circunstãncias ... vc não era o Luiz de hoje ...
ResponderExcluirExistem coisas que a gente apenas sabe... teu carinho e admiração por ele, com certeza eram uma dessas coisas para ele. Já pensou que talvez ele sempre estivesse do seu lado porque reconhecesse nele próprio esse comportamento "nos tempos dele"?!
ResponderExcluirInfelizmente não sei por qual razão tendemos a ser duros, as vezes até maldosos com aqueles que nos são importantes e queridos... infelizmente todos fazendo isso. Assim como tinha essa foto que provavelmente você nem se importava, com certeza houve outros momentos em que você lhe retribuiu a acolhida e compensou essas falhas que são tão nossas, e tão da juventude.
Engraçado me lembrei daquele texto que diz...
Na multidão, um homem pontapeou disfarçadamente uma pomba muitas vezes antes de recolhê-la. Há uma só vida e envolvê-la-emoa com escamas, há uma só vida e cobri-la-emos com palavras dos outros, apalpa-la-emos dissumuladamente várias vezes, antes de decidir que a queremos. (A VITÓRIA DOS DESOBEDIENTES, Omar Peréz)
Isso as vezes que se repete em diferentes situações e contextos.
Abração! ;-)