"Vivemos a crédito: nenhuma geração passada foi tão
endividada quanto a nossa - individual e coletivamente (a tarefa dos orçamentos
públicos era o equilíbrio entre receita e despesa; hoje em dia, os "bons
orçamentos" são os que mantêm o excesso de despesas em relação a receitas
no nível anterior).
Viver a crédito tem seus prazeres utilitários: por que
retardar a satisfação? Por que esperar se você pode saborear as alegrias
futuras aqui e agora? Reconhecidamente, o futuro está fora do nosso controle.
Mas o cartão de crédito, magicamente, traz esse futuro irritantemente evasivo
direto para você, que pode consumir o futuro, por assim dizer, por antecipação
- enquanto ainda resta algo para ser consumido...
Parece ser essa a atração latente da vida a crédito, cujo
benefício manifesto, a se acreditar nos comerciais, é puramente utilitário:
proporcionar prazer. Os meios são as mensagens. Cartões de crédito também são
mensagens. Se as cadernetas de poupança implicam a certeza do futuro, um futuro
incerto exige cartões de crédito."
(Zygmunt Bauman “Medo Líquido”)
O que acontece é q no nosso tempo não existia o tal Cartão de Crédito ... no máximo tínhamos o "papagaio" ... se tivéssemos acho q seríamos iguais ... rs
ResponderExcluirps: não quero dizer acima q estamos velhos, apenas estamos com nosso prazo de validade no limite ... kkkkkkkkkkk
ResponderExcluirConfesso: eu adoro um crédito, mas controlo meus "papagaios" com rédea curta!
ResponderExcluirBauman é uma das vozes mais claras nesses tempos confusos! Amor Líquido é uma obra prima!
Isso dá margem para algumas interpretações...
ResponderExcluirMeditar eu irei!
;-)