Eu tenho um “amigo” em um desses fóruns de música indie que frequento... James, ou melhor, Jamesvaldo (rs). Deve ser nick, ou nome artístico (o cara é fotógrafo profissional... de vez em quando ele posta umas fotos super lindas!), enfim, vez por outra trocamos algumas ideias. Seu gosto para fotografia é bem no campo do realismo, nada de abstracionismo, ou fotos enigmáticas (rs), a maioria de pessoas comuns, em lugares comuns. Já em matéria de música... antes de conhecê-lo eu considerava o meu gosto musical meio estranho. E não é que descobri alguém bem mais desenvolvido nesse quesito!
Acho que estabelecemos uma “disputa” entre nós: quem indica
alguma banda mais “exótica” para o outro. Só não vale alguma coisa lá da “terrinha
santa”, que isso só eu conheço! O mais bacana é que sempre acertamos sobre as
novidades que cada um irá curtir. A última que ele me apresentou sexta-feira
passada foi essa: Alcoholic Faith Mission. Hum... pelo nome fiquei meio assim:
será que ele me vem com alguma banda de pop/rock cristão?! Ele me garantiu que
eu iria gostar muito!
E lá fui numa pesquisinha básica. Assim, é uma banda
dinamarquesa, mas que se formou em New York, em 2006. Não entendi bem o porquê
do nome; no próprio site eles (dois amigos, Thorben e Sune, que tiveram a ideia
da banda) contam que estavam discutindo sobre alcoolismo pelas ruas do
Brooklin, quando perceberam que estavam em frente ao prédio de uma missão
católica. Resolveram “juntar” os nomes. Dá pra entender? (rs)
Se o nome soa estranho, imaginem as músicas! Olha, muito
difícil descrever o estilo do que eles fazem. Experimental? Pode ser, mas não
tem nada a ver com a chatice quase dodecafônica de muitos grupos experimentais!
São 5 álbuns e em cada um a sonoridade é
diferente. Arrisco até a dizer que mesmo dentro de um álbum as músicas possuem,
cada uma, propostas de sonoridade distintas. E que podem cambiar de uma extrema
acidez, para um lirismo dos mais delicados! E que podem exibir orquestrações
exuberantes, ou instrumentos tradicionais, como sanfona, bumbo, etc. E que
podem exprimir vocais lindíssimos, ou uma rouquidão quase exasperante de tão
triste.
O que falar sobre as letras? Surreais? Em algumas canções
elas têm vida própria... em outras, são meros detalhes da linha melódica. Quase
sempre tão ou mais encantadoramente malucas do que as sequências melódicas que
eles produzem. Sinceramente, o James acertou novamente em cheio: eles já fazem
parte da minha “listinha” de bandas favoritas!
Dois exemplos (escolhi duas músicas mais calminhas, rs), mas
que não conseguem dar nem uma pálida ideia do trabalho deles. My Eyes to See é
um rock, quase punk, e uma letra “pirada”. A outra, Down From Here, eu fiz
questão de editar um vídeo. Não sei explicar, mas, logo que a ouvi, visualizei
uma dança. Garimpei uns takes de outro vídeo (a música em questão tinha nada a
ver com Down From Here, rs) e... voilà! Acho que minha memória auditiva melhora
a cada dia (ao contrário da memória usual, rs)... parece que a dança foi feita
para a canção...
Gostei! Na linha " erudita " procure Morten Lauridsen ! Voce vai gostar! Eu adoro!
ResponderExcluirTaí ... pela primeira vez não fez bem ao meu gosto musical ... não discuto o valor, apenas não bateu ... vou conferir a dica do Antônio
ResponderExcluirJosé Antônio! que indicação eim? Claro q é outro estilo e, claro adoro ... já me inscrevi no canal e vou me deliciar com ele ... tb procurando algo deles no Spotfy ...
ResponderExcluirGrato e beijão
Gostei dos dois videos.... as imagens do primeiro servem pra gente refletir.....e muito!
ResponderExcluirbeijo
Okay, o primeiro video "me representa" kkkk
ResponderExcluirInteressante hein, e que viagem! James...valdo [cof cof cof], foi certeiro na indicação, talvez não seja algo para se ouvir "todo dia", mas isso no dia certo, com o alcohol certo... grandes possibilidades... ;-)
Abração.
Depois de ouvir os 4 álbuns em sequência e descobrir, pra meu desgosto, que eles cá estiveram (SESC Belenzinho) em 2013, posso opinar com conhecimento de causa: gostei bem mais que o novo Kodaline.
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