quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Água Empoçada

“Somos uma mente ‘amarrada’ a um tubo digestivo. Um deus ‘amarrado’ a um corpo que apodrece. Somos uma mente que sabe mais do que deveria… Ao mesmo tempo em que nunca vai saber o tanto quanto precisaria.”

- O que você fez da sua vida?
- Acredito que nunca fazemos “algo” da vida!
- Pode ser... Mas, “ela”, com certeza, fez alguma coisa de você!
- Nem sempre... O que espera você da sua?
- Hum... sei tudo o que não espero dela! Além disso, sempre temos opções.
- No essencial não somos nós que optamos. Apenas resistimos.
- A quê? Que essencial é esse?
- A consciência da morte.
- Se sabemos da morte apenas que ela é um ponto, onde isso pode afligir?
- Falo da verdadeira morte, que é a decadência. O mais grave da morte não é a morte “em si”, fato pontual. O que aflige é envelhecer, esse sentimento de “água empoçada”...

(Diálogo inspirado em André Malraux e outras coisinhas lidas por aí... rs)

7 comentários:

  1. Off-topic: dá uma graninha pra eles!

    http://www.ladobi.com/2013/10/tom-of-finland-filme/

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  2. Já me basta Luto e Melancolia de Freud!....rsrs

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    1. E eu fiquei todo animado pra ver o trailler ! Me ferrei...Que coisa chata!...Deixa o desenho quieto que a imaginação completa!
      bjs

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  3. Está um daqueles textos que a gente entende, as vezes sente mais do que entende, mas na hora de comentar... fica com aquele olhar na tela e não sai nada...

    O que eu fiz da vida ou o que ela fez comigo?! Acho que eu fiz o que todo mundo esperava que eu fizesse... mas as vezes me pergunto se era isso que era suposto ser... enfim... de volta à prancheta...

    Resistir?! Nunca sem lutar, poderia ser meu lema... apesar que nem todas as batalhas são dignas de serem lutadas...

    Vou ficar remoendo isso por algum tempo... definitivamente...

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