“O derradeiro mistério somos nós próprios. Depois de termos
pesado o sol e medido os passos da lua e delineado minuciosamente os sete céus,
estrela a estrela, restamos ainda nós próprios. Quem poderá calcular a órbita
da sua própria alma?”
(Oscar Wilde – “De Profundis”)
Quanto de ilusão, quanto de verdade, quanto de consistente
esboçamos nesse rascunho inacabado de nós mesmos? Por nossas latências buscamos
cumprir no mundo todos os ideais dos nossos sonhos. Quanto de confusas,
desmemoriadas, são nossas lembranças? Isso foi, existiu, ou não passou de um
despertar fortuito na madrugada, o latido do cão que o provocou?
Entre o amargo, o doce e o ácido, nada há que nos defina, nem
que nos permita definir-nos. De onde viemos, pra onde vamos? Importa? Seguimos
dançando, com passos desengonçados, entre um ponto que já foi e outro que será.
Será?
(Hey Rosetta – isso é nome de banda? rs – Alcatraz... música
forte. Poesia do âmago!)
Que beleza Luiz.
ResponderExcluirQuanto a isto "Entre o amargo, o doce e o ácido, nada há que nos defina, nem que nos permita definir-nos. De onde viemos, pra onde vamos? Importa? Seguimos dançando, com passos desengonçados, entre um ponto que já foi e outro que será. Será?" ... não tenho a menor dúvida!
Beijão
Adorei o texto !
ResponderExcluirO som não é muito minha praia, como vc já sabe, mas achei bonito !
Abraço !