Ego. Será tão difícil de entender que nossa existência consciente
não se estrutura como “coisa” ou fato do mundo? Somos seres, ou melhor, “locus”,
através dos quais o mundo (coisas e fatos) se revela. Somos a particular
maneira como o mundo se revela. A cada um, de um jeito. Somos “dotados de
mundo”, somos consciência do mundo, posto que de nós mesmos. Consciência... eis
o milagre e o drama! O que nos diferencia e apavora. O que nos dá tudo e, ao
mesmo tempo, a percepção de que um dia perderemos tudo, inclusive a nós mesmos.
Perder... a experiência do desvelar final.
Sentido. Buscamos sempre o sentido das coisas. As causas, as
razões, os porquês. Queremos, precisamos de um sentido. Mesmo que saibamos que
o último e verdadeiro e real sentido é exatamente o sem sentido. Decerto há
religiões, crenças, ideologias, que tentam “ser” algum sentido. Felizes os que
creem! O que torna essas ilusões tão atraentes é o sabor doce das suas
premissas. Eu, talvez, tenha perdido a predisposição de sentir esse doce.
Enfim... hoje vamos com mais uma “banda-lake”... que eu
conheço, é a quinta, ou sexta. Lowlakes. Absurdamente linda...
e o que é o SENTIDO?
ResponderExcluirainda me pergunto muito sobre isto ...
Beijão
É uma necessidade humana. A vida, entregue que está ao jogo das imperfeições, das instabilidades, sempre procura o equilíbrio, a estabilidade. E que, quando alcançados, irão, num momento seguinte, se desequilibrar, se instabilizar. E esse é, verdadeiramente, o cerne do jogo, não o estável. Aliás, a estabilidade é prerrogativa dos corpos mortos, né! rs
Excluirpenso q gostar de vc e de sua inteligência, percepção e sensibilidade faz SENTIDO ... #fato
ExcluirSomando a + b, então "o mundo é (se revela na) nossa necessidade de razões e de sermos ego, não locus" É tipo um cachorro tentando morder o próprio rabo, ermão.
ResponderExcluir"Eu estou preso ao meu pensamento como o vento preso ao ar." O verso é de Fernando Pessoa e é a sua definição de poesia. "Como é que o vento está preso ao ar? Porque é feito de ar. Eu sou o pensamento."
Nonono... uma coisa é o mundo, outra nossa necessidade por sentido. O ego é apenas uma ficção que construímos para dar sentido aos fatos do mundo. Mas, a priori, o ego também é consciência. E, enquanto consciência, apenas um locus. Um locus não é, nem pode ser, uma coisa. Daí o drama.
ExcluirFelizes os que creem ! Mas como acreditar ?
ResponderExcluirEnfim, me parece um complementa o outro nessa nossa viagem, para tentar dar um sentido onde não tem ... ou melhor tem, mas a gente não vê muito sentido no real sentido da coisa, então tem que criar um outro mais confortável ... e assim vamos ...
Curti muito o som !!
Abraço !
Heiddeger na cabeça!!!
ResponderExcluirTonalidades emocionais da angústia e do tédio!
Uma vez li de Guto Pompéia, fenomenólogo que adoro, que o sentido perdido é como um sonho que morre e não conseguimos acreditar que morreu...... O sonho passa ser um defunto cultuado impossibilitando a chegada de novos sonhos....
Bjs