“As paixões são como as ventanias que incham as velas do
navio. Algumas vezes o afundam, mas sem elas não se pode navegar.” (Voltaire)
Difícil conceituar a paixão, que não permite, enquanto
sentimento, o exercício da razão. A paixão nos impele para longe dos
domínios da paz e da mansidão e, por isso mesmo, viceja nos jardins da desrazão, onde não há
escolhas, apenas a excitação absurda da alma.
A paixão é um sentimento do corpo, não da mente. E, em sua
essência, ela impede que nossa mente conduza o corpo. Ao contrário, é ela que
nos conduz, por caminhos onde os riscos não se medem pela sanidade, mas sim
pelas pulsões. A paixão é uma química e corrói as entranhas e vicia e nos torna
cegos, nos desencontros desesperados das intermináveis
madrugadas.
Uma vez eu vivi esse esvair de energia, essa absoluta e
incólume sensação de perda de todo e qualquer controle sobre a vida e o bom
senso. Quando a tempestade passou (porque um dia passa!), eu prometi a mim
mesmo, que nunca mais! Nunca mais!
(Natan Goshen - que voz! - o mais passional dos meus “queridos
judeus”... ah, como eu te entendo!)
Ao terminar de ler a citação do Voltaire, não sei porque me veio a mente aquele momento em que o navio está quase pronto e precisa ser colocado na água, vi ou li isso em algum lugar... é um momento tenso porque a qualquer descuido, ele pode afundar...
ResponderExcluirMesmo que tenha vela... mesmo que haja vento... o pobre vai a pique... Tão eu! :P
E esse judeuzinho matou a pau hein...
então ... felizmente, hoje sou um ser imune a paixões deste gênero ... estes arroubos só são permissíveis na juventude pois, aí ainda teremos tempo para juntar os cacos se for preciso ...
ResponderExcluirNatan Goshem! ai ai ... põe passional nisto querido ...